Saturday, January 31, 2009

Sombras

Arranquei-me do nosso mundo, apaguei o teu número, fiz um delete às tuas palavras e queimei as tuas imagens. Faço ouvidos moucos aos reis que só dizem coisas inconvenientes e não consigo ouvir o godinho sem sofrer do nervoso miudinho; fechei a 7 chaves a imagem da minha princesa guerreira e passei a vestir-me de vermelho. Só para ficar do lado oposto. Mais longe possível. Retirei à bruta o açucar do meu café e reaprendo a adorar o sabor amargo.
Tenho uma sombra que me queima os pés a cada passada que dou; e pontadas no coração, a cada pop up teu. Destruo os neurónios que detêm as tuas memórias com as drogas mais poderosas que encontro pelo caminho. E nenhuma é forte o suficiente para te aniquilar de vez!
Não quero voltar a cruzar o teu caminho. Não quero sentir o teu cheiro quando o vento traiçoeiro, me faz farejar-te. Sinto os teus pezinhos de lã aqui atrás. Mesmo colado às minhas costas ávidas do teu toque. Cada passada é uma tortura. Cada passada é uma luta.
Camafeu devia chamar-te, quando em sonhos me apareces e ignoras as minhas preces.

Andamos a brincar?! Quando é que me vais libertar?!

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