Sunday, September 9, 2007

"Roubaram-me o Portátil"

Fui parar a uma piscina onde já tinha estado num sonho anterior.
Uma piscina com tanques interiores e exteriores ao estilo da Municipal de Vila do Conde, mas com a diferença das piscinas interiores estarem todas dentro de salas grandes, distribuídas do lado direito dum corredor enorme, branco. Do outro lado, viam-se as escadas de metal que desciam. Não sei onde iam dar, mas parece-me que era à saída.
Abri uma porta e lá estavam uma carrada de miudos a nadar (sem professor) de um lado para o outro. As toucas eram predominantemente azuis e todas daquelas que não arrepelem os cabelos. Depois abri outra: a mesma coisa mas com velhos.... e depois abri a última: 2 pessoas de touca azul que apareciam e desapareciam. A piscina não era maior do que o meu quarto. Não tinha touca e a minha irmã também não.
Apetecia-nos dar um mergulho, mas sem touca era dificil... De certeza que nos iam apanhar e não me apetecia nada ouvir um raspanete com razão. Ela arriscou e atirou-se à água para dar um mergulhinho. Eu não arrisquei tanto. Estava aflita com o sitio onde deixar o telemóvel. O único lugar disponível era um murinho azul claro depois de uma poça de água para lavar os pés.... fiquei ali a matutar e entretanto ela saiu da água. Tudo correu bem.
Saímos de lá.
Ao batermos na porta, reparamos que estavamos num bar de madeira escura. Também já lá tinha estado noutro sonho. Estivemos ali dum lado para o outro. Havia uma piscina enorme no meio, rodeada de uma estreita camada de relva verde (presumo que fosse sintética). De um dos lados, uma loja de souvenirs e material para a praia. Mais à frente uma perfumaria e depois um café.
Tomamos um gelado e decidimos descer em direcção à festa. Saímos do bar (que não tinha porta) e descemos uma rua muito inclinada, como se fosse a R: do Amparo ou da Rampa da Escola Normal. A minha irmã andava mais depressa do que eu (o que é raro), passamos um casal que se beijava e quando chegamos ao fim da rampa, lembrei-me que tinha deixado o portátil em cima da cadeira. Tinha lá tudo, incluíndo a carteira!
Com a aflição disse à Rita: vamos já para cima e a correr!
A rampa era mais inclinada aínda, a velocidade das minhas pernas não correspondeia à desejada. Parecia que andava a correr dentro de água. Mais uma vez a Rita sprintou e ultrapassou-me... Lembro-me de pensar que tinha de ir para a ginástica.
Contemporaneamente, no sentido oposto, descia a correr um preto todo vestido de beje ou caqui, como se fosse um colonial. Tinha um chapéu.
Continuei a subir. Como custava!
Encontro a cadeira onde tinha deixado o portátil. Lá estava a mala do computador e a carteira que era de por à cinta, como se usava nos anos 80.
Que alívio!
Abri a mala do portátil e... nada. Estava vazia! Tinham levado o computador, a internet móvel e o carregador de bateria. A carteira de pôr à cinta só tinha ficado com o porta moedas. Não levaram dinheiro, só a carrada de facturas que lá tenho guardadas para a loja e a minha carta osho para 2007.
Já era de noite. Controlei-me um pouco para não fazer escândalo. A Rita já tinha desaparecido e fiquei ali sozinha....
No computador tinha todo o meu trabalho dos ultimos 3 anos. Não tinha qualquer backup dos meus trabalhos sobre vegetarianismo, os workshops que recebi e dei, nem das fotos. Além disso, o computador é da minha irmã e só conseguia imaginar o meu pai aos berros comigo:
-Como é que te pudeste esquecer assim do computador?! - conseguia imaginá-lo perfeitamente.
Desço as escadas de madeira, em direcção à parte debaixo do bar. Soturno e cheio de gente, pretendo que os donos fechem a porta que agora já existe.
Ninguém sai de lá. Alguém deve ter visto o sucedido. Há que inquirir toda a gente.
Explico-lhes que tenho lá a vida e que não me importo de pagar para reaver o portátil. Sinto-me revoltada, frustrada, capaz de matar. "O dinheiro custa-me a ganhar! Vão mas é roubar as grandes potências" - penso eu enquanto o ódio cresce exponêncialmente dentro de mim.
Saio à rua (tipo bairro alto) e ando ali a correr à velocidade de caracol à procura de alguém com ar suspeito.
Dentro do bar/piscina, uma senhora diz que sabe quem roubou. Dá a descrição do homem (não me lembro qual era) e alguém liga para casa, a ver se o familiar em questão está disposto a devolver o material que não lhe pertence.
Ao que parece, o ladrão suícidou-se. Atirou-se ao rio, não se sabe porquê.
Ninguem chora, nem há qualquer tipo de alarido.
Peço à pessoa que está ao telefone para mandar trazer cá o computador. Comprometo-me a não denunciar ninguém. Só quero o material de volta. Imaginar a recriminação do meu pai consome-me mais do que a perda do trabalho. Estou mesmo aflita! Nervosa, ansiosa, revoltada e com muita, muita raiva!
Chegam os primos do falecido ladrão. Todos má onda, todos má fila.
Puxam-me com a pistola de pôr gasolina para a beira deles. Pedem-me para a segurar. Digo que a vou roubar, a ver se gostam. Eles riem-se.
Continuo a mandar bocas. A minha vontade é esfola-los vivos e se possível regar as feridas com álcool ao mesmo tempo!
Peço-lhes o computador e explico-lhes que eles não têm a noção da importância que aquilo tem para mim. Nem ouvem....
Estão todos do lado de fora do bar. É de noite. Estão encostados ao muro, o chão é de paralelepípedo e há algumas folhas verdes a saírem do outro lado do muro.
Entro no bar, enquanto decidem se me devem devolver o portátil ou não.
Desço 3 degraus. Dou um murro no tecto que é muito baixinho e cai-me um bocado do tecto em cima do braço. Dois quadrados da tijoleira que o tapava, para ser mais precisa.
Vejo os canos, as telhas e os barrotes que o sustentam.
QUE NERVOS! Venho-me embora para trás.
Agradeço a toda a gente que está à volta pela ajuda que me deram. Dou abraços, festas nas bochechas alheias como o dedo indicador dobrado em gancho. Algumas peles são mesmo macias.
Tenho vontade de chorar, uma rolha na garganta. Mantenho a pose.
Os primos do ladrão, vêm ter comigo. Decidem passar-me o portátil para a mão. Ligo para ver se é mesmo o meu.... afinal não.
Riem-se e pedem desculpa. Não sabem onde o encontrar, pois a única pessoa que podia ajudar, já não está entre nós.
Senti-me impotente, revoltada e farta daquilo tudo. Foi então que acordei!

Aínda estou meia abananada com o sono desta noite!
Será que alguém me consegue explicar isto?!

4 comments:

Bárbara said...

Queres um conselho?
Faz backups de tudo imediatamente, cá para mim pode ser um sinal.
Se for mesmo roubado, não ligues nenhum ao teu pai e compra outro à tua irmã!
Jisus, como é que te lembras assim tão bem do sonho!

Hehehehehe

Beijos gordos

varna said...

eu so' consigo dizer-te que 'as vezes sonho com piscinas abandonadas... (ja' agora, tem aqui uma do outro lado do rio neris)

Slipper said...

Eheheheh! Estava mortinha por chegar ao fim para ver o desfecho... ainda bem que era um sonho!!! Mas de qualquer forma é melhor guardares toda a informação fora do pc para não teres surpresas, ate porque as vezes os pc's passam-se e mais vale prevenir!!

Beijos nocturnos ;)

Susana said...

Eu investi num mesmo a tempo de "salvar a minha vida"!!

Vale a pena....

Mas em relaçao ao teu sonho, acho que só tu és capaz de o descodificar....está cheio de detalhes, babe!!! heheheheh

Beijos****